quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Apocalipse


















No céu, o fundo azul tornou-se rubro,
As cores do arco-íris esmoreceram,
A água, clara e pura, enegreceu,
Tudo que tinha vida, então, morreu.

De dois em dois chegaram, e alados
Em seus corcéis de branco e limpo pelo,
Desvairavam tropas eloqüentes,
Os quatro cavaleiros combatentes.

Em um único brado se uniram
As vozes dos Homens inconseqüentes.
E sem dó ou piedade, simplesmente,
Ceifaram as vidas, que ali pereceram.

E por assim fizeram acontecer,
O que há tempos vem-se avisando,
Do céu, sangue começou a chover
E a vermelhar a terra, anunciando:

“A maravilha que os Homens fizeram,
Destruindo a vida da Mãe Natureza,
Deu a cada um a única certeza
De que as vossas vidas se encerravam.

E, tal qual é a lei e a profecia,
Não podeis mais contar com outra sorte;
Chegou tardio o esperado dia,
O dia da Vida perder para a Morte”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário