segunda-feira, 20 de junho de 2011

Paixão


Desperta em mim o fogo que consome
E que adormece a sensata razão,
Que gela o peito e aperta o coração
E que com todo o meu passado some.

Trêmulo, eloqüente, vasto sentimento,
Quer calmo, inquieto ou apavorante,
Triste ou alegre, eterno ou errante,
Acaba-se rápido, ao passo que é lento.

Mesmo não sendo um sentimento eterno
Esse amor em que a essência é puro instinto,
Não tenho dúvidas do amor que sinto.

E, no meu tempo, tudo eu espero,
Com o fogo que meu peito aquece,
Ou com o gelo, que me adormece...

sábado, 18 de junho de 2011

Sonho de menina



Borboletas voam lentas
Num jardim de flores belas.
O jardim também é meu
Ou será que é só delas?

Voam, voam borboletas
Sobre as lindas violetas
Brincam calmas e serenas
Sobre as flores das Verbenas.

domingo, 12 de junho de 2011

Vida

Inevitável



Silenciosa dor do inevitável,
Pranto do passo,
Pranto que passa,
Silenciosa dor do afável.

Coração que despedaça,
Felicidade da desgraça,
Foi indo que se resolveu,
Foi na dor, perdão se conheceu.

Amargo aroma da chuva,
Belos olhos fechados,
Elegante terno de madeira,
Dor da dor de sentir a dor inevitável

Marcos Água

5º ato – Por completo – “Declaração”



Pobre homem dominado d’amor;
Pobre alma vacante em torpor;
Pobre corpo envolto no desejo;
Jovem homem perdido – puro medo.

Infame, afanadora de sonhos,
Manipuladora, enlouquece,
Exala desejo que me entorpece,
Lábios doces, gélidos, risonhos...

Tenho teu caminho à minha frente,
Tenho tua voz, guardada na memória,
Tenho teu cheiro, insistentemente.

Terei teus lábios, terá todo o meu;
Tocarei teu corpo, todos os segredos,
Terei tua alma, será assim em mim.

Marcos Água 

4º ato – Fascinação


Essa névoa cinza
Não me lembra em nada o brilho dos seus olhos.
Tento te encontrar nas belas Camélias,
Mas nenhuma delas exala teu perfume.
Ouço os amarelos rouxinóis,
Nenhum deles tem o canto tão belo qual sua voz.

Essa, esperarei só
E por mais mil, se assim vier,
Até o dia em que posso tocar teus lábios
E desfrutar de todo amor;
Então, deixar que de ti
O tempo me consuma.

Marcos Água

3º ato – Ao avesso – “Desejo”


Em teus grandes lábios
Encontro o calor do teu amor
O mel da essência
A palavra incompleta.

Em teus pequenos lábios
Busco o fogo de tua’lma,
A escuridão da incerteza,
A futilidade do desejo.

Em teus grandes lábios
Ouço a síntese do meu ser,
Lento e confesso,
Instável e sincero.

Em teu corpo procuro concreto,
Encontro somente o abstrato,
Quando meus grandes lábios
Tocam os pequenos teus.

Marcos Água

2º ato – fantasia – “Mulher escrita”



Que ondas trazem do verde azul
O pobre vento para meu peito
Do teu semblante que se reflete
Se minha alma de ti entorpece.

Do teu sorriso irradia luz
Que contempla a lua dos meus desejos
Olhos, pequenas estrelas negras
Transparecendo doce virtude.

Pobre daquele que a ti deseja;
Entrega-te alma e coração
Sem rumo, dominado por tua paixão.

Anseia por tua boca doce e quente,
Esperando pela noite fria
E contemplar a morte de forma serena.

Marcos Água

1º ato – Paixão



Obra divinal, radiante, reluzente.
Anjo celestial, detentora, inconfidente.
Prisão astral, libertadora, retente.
Loucura animal, feroz, perigosamente.

Obra infernal, sedutora, inconsciente.
Demônio genial, matador, inconseqüente.
Arma fatal, impiedosa, subitamente.
Tempestade glacial, tortura, friamente.

É dor da alegria,
É sangue da ansiedade,
É borbulhar de incerteza.

Fria da dor de puro ardor,
Vida nova concebida de puro pecado
E nada cansado de tudo querer.

Marcos Água

A casa

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Uni-Versos Poéticos

Pessoal, estou disponibilizando o download do meu e-book "Uni-Versos Poéticos". Baixem-no e indiquem-no para seus amigos. Vamos divulgar a poesia contemporânea e incentivar os jovens escritores a mostrarem a cara com sua obras!!!
Um grande abraço!!!
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